quarta-feira, novembro 28, 2007
Canto integral do amor
Cegos os olhos, continuarias de qualquer forma,
presente,
surdos os ouvidos, e tua voz seria ainda a minha
música,
e eu mudo, ainda assim, seriam tuas as minhas
palavras.
Sem pés, te alcançaria a arrastar-me como as
águas,
sem braços, te envolveria invisível, como a
aragem,
sem sentidos, te sentiria recolhida ao coração
como
o rumor do oceano nas grutas e nas conchas.
Sem coração, circularias como a cor em meu
sangue,
e sem corpo, estarias nas formas do pensamento
como o perfume no ar.
E eu morto, ainda assim por certo te encontrarias
no arbusto que tivesse suas raizes em meu ser,
- e a flor que desabrochasse murmuraria
teu nome.
JG de Araujo Jorge
Enviado por Amélia Pais
presente,
surdos os ouvidos, e tua voz seria ainda a minha
música,
e eu mudo, ainda assim, seriam tuas as minhas
palavras.
Sem pés, te alcançaria a arrastar-me como as
águas,
sem braços, te envolveria invisível, como a
aragem,
sem sentidos, te sentiria recolhida ao coração
como
o rumor do oceano nas grutas e nas conchas.
Sem coração, circularias como a cor em meu
sangue,
e sem corpo, estarias nas formas do pensamento
como o perfume no ar.
E eu morto, ainda assim por certo te encontrarias
no arbusto que tivesse suas raizes em meu ser,
- e a flor que desabrochasse murmuraria
teu nome.
JG de Araujo Jorge
Enviado por Amélia Pais