sábado, setembro 22, 2007
isto é uma carta de amor

Mas não sei dizer-te que espécie de amor.
As flores brotam do campo de golfe.
Estou no carro a ouvir não sei
O quê; o que é? Oiço . Aleluias, fortíssimo,
Pianoforte, um forte de conhecimento, reconhecimento,
Piano, leve, pianos em queda,
Inofensivos. Como pude sentar-me
à mesa contigo, se já saciada?
Talvez quisesse só sentir a comida nos dentes.
A soprano vira a página.
A trompa. Escuta: Amen, amen.
A Academia de Saint Martin in The Fields,
O que está no campo, bolas de golfe?
Sir Neville Mariner dirige,
Dirigindo, Rua Mariner abaixo.
Quando é que se abre a porta aberta?
Há quanto tempo te conheço nesta vida de cão?
Dirijo-me para sul; as luzes acompanham o ritmo.
Há um bálsamo
Há uma história que te quis contar.
Em Gilead o telhado está a arder
Não haverá um bálsamo nos meus lábios
A cor é de cena
As luzes mudam
Há um bálsamo
Agarro-me de olhos fechados a uma ideia de ti
Numa rede e o rádio sempre a tocar
Há um bálsamo
O retrato da Virgem Mãe de pé
Aos pés da cruz, Rossini,
Perto, escuta, existe, há um bálsamo há
de pé uma virgem.
elizabeth burns
poesia do mundo
tradução de graça capinha
afrontamento1995
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Enviado por Amélia Pais
Comments:
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"Como pude sentar-me
à mesa contigo, se já saciada?
Talvez quisesse só sentir a comida nos dentes."
Por que nunca me lembrei disto? É, sem dúvida, uma boa explicação para ocasiões em que não as há.
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à mesa contigo, se já saciada?
Talvez quisesse só sentir a comida nos dentes."
Por que nunca me lembrei disto? É, sem dúvida, uma boa explicação para ocasiões em que não as há.
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