quarta-feira, agosto 15, 2007
Viva Alcochete!
No regresso do Algarve, passei por Alcochete e fiquei com vontade de lá ficar.
O nome de Alcochete parece dever-se aos árabes, mas quem marcou esta Vila, lhe deu a Carta de Foral, foi, como se sabe, D. Manuel I, que aqui nasceu em 1515.
As Festas do Barrete Verde são em honra de Nossa Senhora da Vida e de homenagem ao Salineiro, ao Forcado e ao Campino. De facto, a vida vive-se, sabendo enfrentar riscos; e, ao ser-se bem sucedido nesse exercício, tem-se razões para fazer festa. É isso que é glorificado pelos alcochetenses.
Fiz com um mar de gente a festa: ouvi os fados, assisti à largada dos touros e participei na sardinhada. É indescritível a loucura que se vive com as largadas dos touros. São velhos, novos e crianças a desafiarem um, dois, três monstros pretos, de meia tonelada e de cornos em riste. Por volta da meia-noite, houve a sardinhada: à porta de suas casas, com o barrete verde na cabeça, inúmeros alcochetenses assavam para quem passava sardinhas, que eram gratuitamente servidas com pão e vinho à discrição.
Percebi, então, o que dizia Ortega Y Gasset, sobre a relação entre a fúria do touro e a arte de a vencer. No seu entender, domar a fúria do animal é também uma forma de humanizar.
Na verdade é isso que as pinturas rupestres e também as de Goya, Velásquez, Picasso e outras tão bem glorificaram. E é isso que comemoram os alcochetenses com sardinhas, touros e fados.
Alcochete é uma Terra que preserva as suas raízes. Por isso, tem uma identidade, é hospitaleira, fraterna, simpática e festiva.
Viva Alcochete!
O nome de Alcochete parece dever-se aos árabes, mas quem marcou esta Vila, lhe deu a Carta de Foral, foi, como se sabe, D. Manuel I, que aqui nasceu em 1515.
As Festas do Barrete Verde são em honra de Nossa Senhora da Vida e de homenagem ao Salineiro, ao Forcado e ao Campino. De facto, a vida vive-se, sabendo enfrentar riscos; e, ao ser-se bem sucedido nesse exercício, tem-se razões para fazer festa. É isso que é glorificado pelos alcochetenses.
Fiz com um mar de gente a festa: ouvi os fados, assisti à largada dos touros e participei na sardinhada. É indescritível a loucura que se vive com as largadas dos touros. São velhos, novos e crianças a desafiarem um, dois, três monstros pretos, de meia tonelada e de cornos em riste. Por volta da meia-noite, houve a sardinhada: à porta de suas casas, com o barrete verde na cabeça, inúmeros alcochetenses assavam para quem passava sardinhas, que eram gratuitamente servidas com pão e vinho à discrição.
Percebi, então, o que dizia Ortega Y Gasset, sobre a relação entre a fúria do touro e a arte de a vencer. No seu entender, domar a fúria do animal é também uma forma de humanizar.
Na verdade é isso que as pinturas rupestres e também as de Goya, Velásquez, Picasso e outras tão bem glorificaram. E é isso que comemoram os alcochetenses com sardinhas, touros e fados.
Alcochete é uma Terra que preserva as suas raízes. Por isso, tem uma identidade, é hospitaleira, fraterna, simpática e festiva.
Viva Alcochete!