terça-feira, junho 19, 2007

 

DIANTE DA ALDEIA

Os rostos que emergem dos campos perguntam-me
pelo regresso.
O meu grito não perturba a andorinha
pousada no ramo partido. Sombria
é a minha alma, que o vento impele
para o mar, a fim de cheirar o sal da terra.
A minha lenda é mortal.
Debaixo da árvore, que é semelhante ao meu irmão,
conto as estrelas dos mareantes.

Thomas Bernhard

Tradução: José A. Palma Caetano
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Enviado por Amélia Pais

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