terça-feira, maio 15, 2007

 

PARA ALÉM DO CASO DA PEQUENA MADELEINE...

«A pequena Madelein McCann continua desaparecida, desde o dia 03 de Maio, como muito bem se recordam. E se não se recordam, os "media", de todo o mundo, relembram-no a todo o momento.
(…)
Mas, os "media" de todo o mundo, e principalmente os nossos órgãos de comunicação social, esqueceram-se de noticiar dois casos que aconteceram nos últimos dias, também no Algarve, se calhar porque os detidos não eram ingleses e a jovem desaparecida tinha nacionalidade portuguesa.

É assim: nos passados dias sete e oito de Maio, a Polícia Judiciária através da Directoria de Faro, procedeu à detenção de dois indivíduos suspeitos da prática de crimes de abuso sexual a crianças.
(…)
Mas, ainda não ficamos por aqui: No dia sete de Maio, desapareceu de Portimão, a jovem Inês Carolina Fernandes Luís, de 13 anos de idade, que ter-se-á ausentado do Algarve na companhia do seu "namorado" rumo a Lisboa.

Ora, caros amigos e amigas. O que é que está a acontecer no Algarve, e, mais importante do que isso, o que está a acontecer com os nossos camaradas da comunicação social, presentes no local, que se esqueceram de noticiar estes factos?»

Ler In: http://etcetal.blog.com/

Comments:
Indo ao blogue que indica está explicada a desatenção da Comunicação Social. Nesses dois caso não há noticia. Os agentes da acção estã bem identificados. Nada há a explorar...
DSC
 
Estou de acordo. Gerou-se uma onda de preocupação e alarmismo que é preciso estancar. Não sei bem como?!... O problema é que tudo isto vibra com os nossos melhores sentimentos, os que nos fazem ser solidários com quem mais sofre.
 
Muito simples, caríssimo.

Os jornalistas, ciosos da voracidade das noticias que divulgam, estão mais preocupados em esvoaçar em direcção aos céus da praia da luz para, em voos rasantes, procurarem incessante e ilegitimamente divulgar o que as entidades responsáveis pela investigação entendem não tornar público.

Essa hilariante notícia do jornalista da SIC, que invade de forma despudorada o espaço aéreo da casa habitada por Robert Murat, só é igualada por outro intolerável momento jornalístico na SIC: a explicação do advogado-comentador que se atreve, de forma igualmente despudorada, a adiantar publicamente que a não aplicação ao arguido de uma medida de coação privativa da liberdade pode, imagine-se!, ter a ver com estratégias de investigação.
Ora, isto é absolutamente inconcebível.

Talvez fosse conveniente lembrar aquele Ilustre Advogado que a vaidade tem limites e que, no caso concreto, esses limites são o sucesso da investigação, ou seja, a recuperação e a liberdade da pequena Madeleine.

Devia, portanto e em minha opinião, estar caladinho para não alvoraçar o arguido e comprometer o êxito da investigação que é, sem dúvida, o fim último de tudo isto.

Infelizmente, não é o único.
A ânsia de publicidade e protagonismos tem levado, nas mais diversas e variadas situações, homens de bom carácter a práticas ilegítimas e, por vezes, indignas.

Maria
 
Primo,
Que é feito do Hóspede desta margem?
Há muito que não nos dá o prazer da partilha das suas ideias!!!
 
Também tenho pena de não ver por aqui o simpático Hospede. Não sei se isso se deve a outras prioridades desse amigo ou ao desinteresse pelo blog. Aceito, com pena, as duas hipóteses.

Penso que a questão da menina desaparecida é terrível. Compreendo a preocupação dos media, mas, de facto, isso não pode ser levado a uma histeria. De qualquer forma, é muito importante que os media não deixem esquecer as muitas Madeleines que têm desaparecido. Mas também me preocupam erros de investigação que podem infernizar a vida de inocentes tornados bodes expiatórios.

Nesta matéria, procuro colocar-me no lugar dos outros e perguntar: e se fosse comigo?!...
 
Se fosse consigo ou comigo, ambos, iamos querer que ninguém atrapalhasse os trabalhos dos investigadores, nem os planos que, bem ou mal, entenderam definir. Muito menos que sejam atrapalhados por comentadores televisivos que têm deveres acrescidos devido à formação que possuem.

Ora, depois do que ouvi só faltou, mesmo, remeter uma carta ao arguido, de preferência sob registo e com A/R - para se certificar de que chegou ao destino, a adverti-lo da real hipótese de estar a ser observado e seguido na esperança de os levar até à criança.
Haja paciência!!

Quanto às outras Madeleines??!!
O problema é precisamente esse - as outras não se chamam Madeleines.

Uma coisa é certa, qualquer outro pai que passe por uma situação idêntica DEVE EXIGIR tratamento igual na investigação do desaparecimento do(a) filho(a). E caso tal não aconteça deve pedir explicações fundamentadas da desigualdade de tratamento e pedir, eventualemnete, responsabilidades ao estado.

Maria


ps: associo-me também à nostalgia sentida pela ausência do comentador hóspede. Quanto às causas da sua ausência, inclino-me mais para a existência de outras prioridades ou, quiça, um mero e temporário estado afásico da blogoesfera (?!).
 
Maria, isto é tudo muito complicado e dolorosamente preocupante!
 
A verdade é que tanto a imprensa inglesa como a portuguesa se revelam insuportavelmente oportunistas, venenosas e abelhudas, no pior sentido do termo, o que não tem a ver com jornalismo, mas antes com oportunismo.
 
Suponho que "assobio" radicaliza o ponto de vista dos media mais negativo: o de dar espectáculo, promovendo o despetar de emoções que "prendam" os telespectadores ao ecran. Não esquecer que são empresas comerciais! Mas também há um outro lado de tudo isto: é que o que não é falado é esquecido.E este caso não pode ser esquecido, como bem apelam os Pais de Madelein.
 
Ora, porra!!

De que me adianta o "não esquecimento" proporcionado pela imprensa se, simultaneamente, vai corroendo a investigação ao ponto de, no final, resultar zero?

E quanto à natureza comercial das mesmas, só me apraz dizer: está muito bem. Qualquer fim justifica o meio e, por isso, vamos aplaudir bem alto o procedimento de noticiar por noticiar, de forma repisada e até à exaustão, para não nos esquecermos.

Maria
 
Não, não! Longe de mim justificar o maquiavelismo. O que eu queria dizer é que os padrões dos media também são os resultados comerciais que vem da publicidade que juntam às audiências. Eles são legítimos, desde que se respeitem regras e a principal é que «os fins não justificam os meios».
 
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