quarta-feira, maio 09, 2007

 

Incomensurável diferença e, no entanto,...

É impossível imaginar o sofrimento que se passa com MADDIE, uma criança de quatro anos raptada do seu quarto (na Praia da Luz - Algarve), a dor dos seus Pais e como essa dor se reflectirá no futuro dos seus irmãos.

Fazemos eco do lancinante apelo
: «POR FAVOR AJUDEM.. .Façam como se fosse vossa irmã….vossa filha... POR FAVOR ajudem a descobrir onde está esta menina»!!!
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Imagina-se a alegria de Esmeralda ao ver chegar o seu Pai, Sarg. Luís Gomes, o pai que a ama e que esteve preso por fazer o que julgava ser um imperativo de amor pela sua filha de coração.

A nossa alegria por sentir que este dia é para Esmeralda e seus pais adoptivos um dia feliz.


(Incomensurável diferença e, no entanto...) O absurdo percorre, como um pesadelo, os dois casos.

Comments:
Caríssimo,
Comparou o incomparável.

Maria
 
Incomensurável diferença e, no entanto, o absurdo percorre, como um pesadelo, os dois casos.


É o que eu penso. Não fiz comparações. Aliás, o incomensurável não tem padão de comparação!

Bem vinda, (agora) Maria!
 
queria dizer «padrão», medida
 
Não comparei o incomparável, porque sei que são dois casos incomparáveis. Mas percorre-os um absurdo. Monstruoso no caso de Madeleine, inexplicável no caso da condenação do Sarg.

A lei não fala por si e, por isso, só me interessa a interpretação que dela se faz. A condenação a seis anos de cadeia de um pai afectivo é um absurdo. Pai é o que ama e não obedecer á lei por amor é cumprir um dever de consciência Considerar isto um crime é um absurdo! O diálogo é possível com quem se determina a amar. Não é preciso colocá-lo na cadeia.
 
Li,creio que no DN, excertos do acórdão sobre o caso Esmeralda: uma vergonha o que lá vem escrito...Os juízes protegem-se uns aos outros...
 
Também li no “Público” o acordão dos juízes da Relação de Coimbra. Fico espantado com o facto dos juízes ultrapassarem o factualismo (tão "caro" à jurisprudencia positivista que reina entre nós) e deslizem para considerações psicanalistas da relação do Sarg. Luís Gomes com a Esmeralda: «(…) recebeu uma criança que lhe foi entregue através de um escrito, como se se tratasse da compra de uma coisa, com recibo passado».

Até me arrepio com estas considerações dum psicanalismo inimaginável.

A formação dos juízes precisa de uma grande reforma. Não hajam dúvidas!!!
 
Não transcrevi o que vem a seguir: «(…) criando-lhe uma personalidade para o futuro, como se de um animal de estimação se tratasse».

Escrever isto é nada perceber sobre os sentimentos humanos. E sendo assim, como poder avaliar o que difere a virtude do crime.
 
Ainda não tive tempo para ler o acordão, que é, segundo vi, composto de 51 páginas. (Talvez no fim-de-semana.) Não posso, por isso, pronunciar-me quanto ao mérito ou bondade daquele.

Mas isso não obsta a que mantenha a opinião de que estamos perante situações diametralmente opostas.

Numa, comete-se o crime mais horrendo que existe e, com ele, usurpa-se a pureza e inocência de quem não pode defender-se.
Na outra, discute-se a conformidade de determinados comportamentos perante os normativos vigentes, ainda que praticados em nome dos mais nobres sentimentos.


Soa a frieza da minha parte, não soa? (Talvez)

Maria
 
“Diametralmente oposta” (?)

Eu penso que é incomensuravelmente diferente (e, portanto, se quiser, “diametralmente oposta”.

Mas, isso não significa que o absurdo não percorra, como um pesadelo, os dois casos.
 
Não há reformas possíveis para mentes doentias, Primo...
 
Hoje, Sexta-feira, dia 11 de Maio, numa “Carta ao Director”, D. Maria Amélia Soares, adoptada em pequenina, sente que o acórdão insulta os pais adoptivos, como foram os dela e termina o seu repúdio da seguinte forma: «O raciocínio do acórdão é idiota, a adjectivação é criminosa, porque insulta muitos cidadãos que não merecem apanhar com tal pesporrência. No meu modesto entendimento, os autores cometeram um crime público, de insulto e de incitamento à discriminação. Quem os julgará? Espero sentada».

O que pensa a D. Maria Amélia, estou certo que pensarão muitos pais de coração que por razões diversas adoptaram crianças (muitas delas filhas de prostitutas) e as trataram como filhas, proporcionando-lhes um curso superior e amando-as como autênticos filhos. Naturalmente, as apreciações dos juízes são para esta gente descabida e de um psicologismo primário, preconceituoso e chocante!

De facto, quem se lê os “pedaços” do acórdão que vieram no “Público” não se pode deixar de ficar perplexo e arrepiado e perguntar: como é possível!?...
 
Queria dizer: quando se lê ...
 
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