segunda-feira, abril 30, 2007
Foi para vós que ontem colhi, senhora,
este ramo de flores que ora envio.
Não no houvesse colhido e o vento e o frio
tê-las-iam crestado antes da aurora.
Meditai nesse exemplo, que se agora
não sei mais do que o vosso ouro macio
rosto nem boca de melhor feitio,
a tudo a idade afeia sem demora.
Senhora, o tempo foge... o tempo foge....
Com pouco morreremos e amanhã
já não seremos o que somos hoje....
Por que é que o vosso coração hesita?
O tempo foge....A vida é breve e é vã....
Por isso, amai-me.. enquanto sois bonita.
Solveig von Schoultz (1907-1996)
(Tradução de Manuel Bandeira)
este ramo de flores que ora envio.
Não no houvesse colhido e o vento e o frio
tê-las-iam crestado antes da aurora.
Meditai nesse exemplo, que se agora
não sei mais do que o vosso ouro macio
rosto nem boca de melhor feitio,
a tudo a idade afeia sem demora.
Senhora, o tempo foge... o tempo foge....
Com pouco morreremos e amanhã
já não seremos o que somos hoje....
Por que é que o vosso coração hesita?
O tempo foge....A vida é breve e é vã....
Por isso, amai-me.. enquanto sois bonita.
Solveig von Schoultz (1907-1996)
(Tradução de Manuel Bandeira)