quinta-feira, fevereiro 15, 2007

 

Mais “milho” para os pardais!...

Haverá algum país na Europa onde se receba 210 mil euros para sair de uma empresa pública e transitar para outra, onde se vai auferir mensalmente 5.050 euros?!...

Lemos, hoje, no Correio da Manhã:

Manuel Lopes Marques, ex-director-geral de exploração e conservação da Refer, recebeu em Junho de 2006 uma indemnização de 210 mil euros para sair, a seu pedido (!..), daquela empresa.


Imaginem se não fosse a seu pedido?!...

Entretanto, dois meses depois, em Outubro, ingressou na Rave (do mesmo grupo) para desempenhar o cargo de assessor do conselho de administração, com um contrato até três anos e um salário mensal de 5.050 euros.

Convém lembrar que a Rave pertence à Refer e as duas empresas pertencem ao grupo CP.

Luís Pardal, presidente da administração da Refer e da Rave, assumiu o cargo depois de o ministro dos Transportes, Mário Lino, ter exonerado a administração anterior das duas empresas.

Em 2005, a Refer apresentou um prejuízo de 160 milhões de euros, um aumento de quatro por cento face ao ano anterior.

A Rave foi criada em 2000, com a missão de desenvolver e coordenar os trabalhos e estudos para a instalação do TGV, com um capital social de 2,5 milhões de euros.

Se os prejuízos forem proporcionais às indemnizações (maior o prejuizo/maior a indemnização) da administração, por quanto ficará uma indemnização ao Pardal?!...

A bem do “rigor”, tanto apregoado, os ministros das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e das Finanças que tutelam estas empresas, naturalmente têm de começar a pensar nisso.

Por alguma razão se aplicam, em Portugal, os salários (não de administradores, entenda-se!)mais baixos da Europa!...

Comments:
Mas quem disse que estamos na Europa? LOL
O homem é um mister! Mas o Luis Pardal não lhe fica atrás LOL
Sugiro uma espreitadela ao CV dele em inglês [cópia].
:D
 
Obrigado. Fui à cópia e nem sei o que dizer?!...

Olhe, por causa de questões semelhantes a estas, eu desrisquei-me do PS. E as minhas filhas bateram palmas.
 
!!... (e não ?!...)
 
Citando um Professor Jubilado de Finanças Públicas da Universidade de Coimbra:

"Só com castigos corporais!"


Esses patos bravos! Acabam com os cofres do Estado!
 
É melhor não, é melhor não!!
Ainda descobre que eles gostam.
 
Não consegui assinar, a tempo, o comentário anterior.
 
Fata uma consciência civica de responsabilidade pelo interesse comum. A retórica dos inquèritos vai, mais uma vez, lavar esta forma de meter a mão no bolso do contribuinte.

Já dizem que tudo foi legal!
 
o pântano é evidente.
 
Então, e aqui não se justificava um habeas "devolvendus" (não sei se a palavra existe)?
Pois é, nesta matéria, e em nome do bem comum, da solidariedade colectiva, do património da nação, etc, até eu assinava a petição.
Percebe porquê a minha indignação com a indignação dos outros em certas matérias?
Não é que eu não considere a liberdade do sargento importante! Considero. Mas o homem está representado, e tem, aparentemente, dinheiro para mandatar outros na sua defesa.
Não vejo a mesma onda de solidariedade, de indignação, com direito a programas de tv, petições, professores catedráticos, etc, em redor das grandes causas nacionais!! É menos vergonhoso entrarem-nos nos bolsos desta maneira, é isso?
Ok, estou outra vez a pisar terreno movediço e, portanto, fico por aqui.
 
Não percebi!

Como já várias vezes referi, entendo que a dedicação a um filho adoptado é, muitas vezes, superior, à dedicação a um filho natural. E há estudos que justificam isso: é uma respeitável forma de sublimar a vontade de ter um filho e biologicamente não o conseguir. Compreendo e admiro muito essa gente. Resolvem generosamente o desejo natural de terem um filho e evitam que mais uma criança cresça na rua. Consequentemente, subscrevo todas as petições de habeas corpus de pais de coração que sacrificam tudo pelos filhos que adoptaram.

Não vejo que tenha sentido comparar esta situação com outras. Muito menos com o referido neste blog!

Há qualquer coisa que me está a escapar no seu comentário!
 
queria dizer no post "milho" para pardais.
 
Caro amigo,
Também acho que lhe escapou alguma coisa. O que só pode querer significar que fui eu que não consegui transmitir o que pretendia. (Na sexta-feira estava, na verdade, muito cansada.)
Mas também não é grave, porque não era importante.
E hoje estou com uma "pregucite" aguda que só visto!!!
Não me apetece escrever nadinha.
 
Bom carnaval para todos.
 
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