quinta-feira, fevereiro 08, 2007

 

Honrar a memória




















Cala-te, voz que duvida
e me adormece
a dizer-me que a vida
nunca vale o sonho que se esquece.

Cala-te, voz que assevera
e insinua
que a primavera
a pintar-se de lua
nos telhados,
só é bela
quando se inventa
de olhos fechados
nas noites de chuva e de tormenta.

Cala-te, sedução
desta voz que me diz
que as flores são imaginação
sem raiz.

Cala-te, voz maldita
que me grita
que o sol, a luz e o vento
são apenas o meu pensamento
enlouquecido….

(E sem a minha sombra
o chão tem lá sentido!)

Mas canta tu, voz desesperada
que me excede.
E ilumina o Nada
Com a minha sede.

José Gomes Ferreira.


Enviado por LN

Comments:
Não vou dizer nada. Apenas que chove lá fora.

Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

(José Gomes Ferreira)
 
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
 
Não estou a perceber nada disto. Tento publicar o comentário e nada, dizem-me que não foi possivel.
Repito, repito, repito... e vejo agora que já cá estão dois!!!!
Foi uma sorte os outros não terem entrado, senão...
 
Obrigada pela ajuda. Conto que o faça sempre que isto voltar a acontecer-me.
 
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