domingo, fevereiro 25, 2007

 

Espera-se um sobressalto cívico!

O “Público” anuncia, hoje, uma série com retratos comparativos de Portugal de hoje e de há 40 anos, a transmitir pela RTP, da responsabilidade de António Barreto.

Vale a pena estar atento a este programa. A credibilidade e o rigor do sociólogo António Barreto, por certo, não vão deixar ninguém indiferente. Apoiados na sua reflexão, sindicatos, organizações patronais, instituições e partidos vão ser obrigados a verem-se ao espelho.

Particularmente, é necessário que os partidos reflictam na “sua obra” e promovam reformas que obriguem a harmonizar os seus directórios com o melhor da sociedade. A situação do País reflecte a mediocridade e a ausência de mérito nas carreiras políticas no interior dos partidos e isso não se corrige sem encontrar métodos de escolhas que contrariem as lógicas aparelhisticas ou os sindicatos de voto, responsáveis pelo baixo nível de deputados, autarcas e governantes que temos tido. E seria fácil encontrar esses métodos, desde que houvesse sentido patriótico e vontade política.

O que, hoje, no “Público “ diz António Barreto não nos é muito estranho. Temos a mesma opinião que ele tem sobre a educação, as autarquias e, sobretudo, a justiça. Mas uma coisa é a opinião do senso-comum; outra, o impacto dessa opinião feito com a credibilidade que o rigor e a profundidade dum académico lhe emprestam.

O País precisa de um sobressalto cívico.


Oxalá que essa série contribua para esse sobressalto!

Comments:
Mas, caro Primo, julga que os responsáveis ( maxime, os politicos e autarcas)pelo que de mau existe em Portugal irão ver o programa? Não é nada com eles, bebem todos do «Letes».
Por mim vou estar atento, até porque vai passar a horas decentes, ás 21H00.
Concordo que há-de ser importante, a não ser que qualquer um de nós entenda que foram os outros...
 
Haverá, caro amigo, quem lhes fae do programa. Não tenha dúvidas!...
 
Não há pecados originais para a ciência. Penso que os erros do passado não determinam os erros do futuro. António Barreto sociólogo deve ter aprendido com os erros do António Barreto político. E, neste sentido, estará mais indicado para tratar o tema que se propõe tratar.

O que digo em relação a António Barreto poderia dizer em relação a qualquer outro. Não tenho particular interesse na defesa de António Barreto. Penso que o trabalho que vai fazer levantará pelo menos discussão e isso é óptimo. Precisamos de abanar o pensamento politicamente correcto!!!
 
O sobressalto civico só pode surgir, se o programa provocar debate! Eu penso que isso vai acontecer: as pessoas vão falar do que vêem e isso terá de levar outros académicos e políticos a reagirem.
 
Mal vai a "democracia" se em tão curto espaço de tempo já são necessários ”sobressaltos cívicos”...
 
Caro Amigo: os rebates de consciência só acontecem nos cidadãos bem formados e quando uma sociedade está de boa saúde moral.

O pior é a abdicação, a indiferença, a abulia, a falta de calorias, a paz dos cemitérios.

Lembra-se da frase: «Os mornos vomito-os!!!»
 
Isso é verdade! Mas, efectivamente, essa necessidade dos ”sobressaltos cívicos” demonstra o fracasso deste regime...está podre e só ao fim de 30 anos! Pena...
 
Vejo precisamente o contrário. Já reparou que se não tiver febre é porque já é cadáver?
 
Este Primo, com a sua retórica, é terrível...
 
Nunca percebi a admiração por este personagem. Tudo o que tem dito e escrito não acrescenta nada de novo.Como político foi mau. Como sociólogo, desculpem, mas deixa muito a desejar. Como cidadão é snob e arrogante.Enfim, estou farta de "elites" destas.
 
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