quarta-feira, fevereiro 21, 2007

 

A entrevista do PGR

O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, na sua primeira entrevista a Judite de Sousa deixou uma imagem de credibilidade, modernidade e bom-senso.

Não fugiu ás questões e, de uma forma tranquila e aberta, soube equacionar os problemas com que se debate, hoje, a justiça em Portugal.


Muito menos se colocou numa posição autista para indicar responsáveis do mau funcionamento da justiça, nem seguiu a estratégia da avestruz para descartar responsabilidades.

Assumiu com simplicidade e frontalidade a necessidade duma melhor formação dos magistrados, da colaboração interdisciplinar na análise de problemas e de uma cultura de desburocratização.

Deixou perceber que não é a falta de férias, as leis mal feitas ou a ausência de meios que impedem a celeridade e a eficácia da Justiça, mas, sobretudo, uma cultura de burocracia, a ausência de rasgo e a falta de empenho de todos os que operam nessa área.

Num tempo em que tanto se fala na independência das magistraturas, Pinto Monteiro soube relevar a importância da competência, da coragem e da imparcialidade (característica fundamental duma justiça justa); e, ainda, da necessidade de todos os operadores se empenharem no bom funcionamento da mesma.

É isso que todos os cidadãos querem.

Parabéns Dr. Pinto Monteiro!

Comments:
Idem! Gostei da serenidade e rectidão. Ponderado. Diz o que quer, nada mais. Quanto á jornalista é o que se sabe.Muito embora bem preparada , pareceu-me que, antes de tudo queria sangue. E sobretudo enlamear figuras públicas. Saber quem estava acusado, condenado...sensacionalismo.
 
A jornalista fez o papel que mais convinha a uma sociedade de espectáculo. O PGR levou a lição estudada e, sem o pretenciosismo de quem se julga superior dos mortais, colcou-se acima das "manigâncias" e prestigiou a magistratura.
 
Sem dúvida. Atrevo-me a dizer que é uma mais-valia para o funcionamento do Estado de Direito e da Democracia.E penso que não vai inflectir na caminhada, árdua, cheia de armadilhas, na direcção de uma melhor Justiça. Que todos merecemos.E desejamos.
 
Sabe, caro Ferreira, que os jornalistas de hoje, e essas meninas emproadas que andam na TV, querem isso mesmo: sangue! O resto não lhes interessa; só o "fait divers"...
 
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