sábado, janeiro 20, 2007

 

"O embrião não é pessoa humana"

Sempre disse que a interpretação da vida humana dada pela Igreja Católica acabaria por ter a mesma sorte que a concepção que esta tinha do Cosmos, no tempo de Galileu.

Hoje, noticia o “Público”: O Bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, reconhece que «o embrião não é pessoa humana, porque não tem consciência». Foi já o primeiro passo para a Igreja se harmonizar com o que há muito defende a comunidade científica. Agora, é só uma questão de tempo.

Era bom que a Igreja reconhecesse que o referendo não visa liberalizar o aborto, mas resolver sobretudo o problema de jovens dos estratos sociais mais pobres que engravidam sem desejarem ser mães: são essas que não sabem o que são abortivos, não pensam em contraceptivos, nunca ouviram falar de apoio à família e olham para a gravidez como um azar de que é preciso “descartarem-se”. São estas que eventualmente podem ir para a cadeia, se a IVG não for despenalizada. Para as outras, o "aborto" já está hà muito tempo liberalizado.

Comments:
Se o sim ganhar não se corre o risco de o aborto se tornar um "método contraceptivo"?

Estou convencido que sim! Não só por isso mas também por isso votarei NÃO no referendo.
 
Se o sim ganhar não se corre o risco de o aborto se tornar um "método contraceptivo"?

Estou convencido que sim! Não só por isso mas também por isso votarei NÃO no referendo.
 
Caro Primo, muito embora julgue não ser necessário, mas para evitar equívocos, vejo - me obrigado a a afirmar nada tenho a ver com o comentador Sr José Ferreira.
O Primo sabe a minha posição.
Até me parece ridiculo estar a escrever este comentário.
Um Grande Abraço com elevada consideração.
 
Mais um interlocutor é ótimo. Obrigado pelo seu esclarecimento. Ao nosso amigo José Ferreira só gostava de dizer que o aborto nunca pode ser um "método contraceptivo". Quem conhece dramas causados pela necessidade de abortar, percebe que toda a mulher que faz um aborto, se pudesse evitava a relção que lhe deu origem. Não há mulher que não sofra com isso e, por essa rauzão é que eu penso que chega a ser desumano penalizá-la com o sofrimento duas vezes. Sou por isso pela despenalização e é disso que se trata.

Também lhe digo, que a questão do referendo está a provocar uma discussão do tipo "branco ou preto". Há muitas cores intermédias que só a mulher as conhece bem. A simplificação, como dizia no "Público", hoje, Pulido Valente é terrivel. È um artigo (na última página) que vale a pena ler e com o qual eu concordo totalmente.

Bem vindo, José Ferreira a esta partilha de opiniões. O importante não é convencer ninguém (não tenho espírito de missão), mas aprofundar uma avaliação sobre o sentido da nossa postura neste drama que é, sobretudo, das classes sociais mais frágeis.
 
Não é Bispo de Viseu, mas sim de Beja.
 
Tem toda a razão. Já emendei. Obrigado. Detesto ter estes enganos.
 
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