quinta-feira, dezembro 28, 2006

 

Mais um amigo que partiu

Tinha chegado do Marco. O telefone tocou. O Mesquita atira-me a noticia: «Olha, o José Gomes Bandeira faleceu».
O José Gomes Bandeira não era um amigo: era um irmão. Conhecíamo-nos desde o tempo em que estive em Viseu a prestar serviço militar. Tinha estado com ele, há dias, na FNAC. Sempre que nos encontrávamos falávamos de tudo e de todos. Lembrou-me o vício da pesca e a minha mania de convidar toda a gente para ir comigo pescar. A propósito, recordou o episódio em que o seu afilhado, o João Martins, filho do Alberto Martins, depois da minha insistência, ter pedido à mãe para me dizer que não queria ir à pesca. Falamos depois sobre cinema, sobre livros, sobre amigos, sobre os que o deixaram de ser e sobre a viagem que ia fazer a Cabo Verde.
Disse-me a Leonida que estava a enviar-me uma mensagem, quando partiu.

Comments:
Obrigado. Onde estiver o Bandeira saberá sentir o seu gesto amigo.
 
Lamento, meu caro. Eu conheci-o mal, tenho dele apenas uma vaga ideia.
 
Pois a mim o Zé tinha-me telefonado a desejar boas festas, com uma voz cantante e amiga como sempre, dizendo q seria bom combinarmos ver um filminho um dia destes, com fazíamos de vez em quando juntos para podermos conversar à volta do filme no fim.
Desta vez o tempo escoou-se e já não fomos...
Soube da pior maneira por uma amiga e já era tarde para uma última despedida, umas flores, qualquer coisa.
Hoje arrangei o J.N.de ontem e fiquei mais calma ao ver o rosto dele e a notícia do jornal, com o livro do Rivoli, Foz Coa e qq coisa mais.
Make me cry, foi a música a que tive hoje direito enviada por alguém também muito especial.
Partilhar emoções e chorar faz bem.
T.C.
 
De acordo, mas a memória de muitas partilha de ideais, sonhos e manifestações de amizade não se apaga.
 
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