terça-feira, dezembro 12, 2006

 

Aniversário de Gustave Flaubert


"O que o dinheiro faz por nós não compensa o que fazemos por ele".

Gustave Flaubert nasce em Rouen, 1821 e morre em Croisset, próximo de Rouen, 1880.

"Madame Bovary" é um seu romance de amor de enorme transcendência na literatura moderna. Conta o caso de uma burguesa provinciana com a imaginação exaltada pelas leituras românticas. Emma Bovary, levada pela ambição de uma vida mais intensa que a que pode dar-lhe o ambiente em que vive com o marido, um médico de aldeia medíocre e simples, corre várias infelizes e turvas aventuras com sem-vergonhas mais ou menos proveitos, precipitando-se num desespero escandaloso que a leva ao suicídio.

Está maravilhosamente pintado o contraste entre as ansiedades apaixonadas e ardentes de Emma e a povoação e os personagens que a rodeiam.

Flaubert leva à perfeição o romance realista e consegue a mais completa harmonia entre a arte e a realidade. Para ele, a verdade e a beleza vão unidas; por isso põe tanto cuidado na sintaxe e na escolha do vocabulário e concede tanta importância à estrutura. Na sua obra literária, não muito extensa, Flaubert aspira à criação de um conjunto harmónico, à elaboração de toda uma trama simbólica que une os diferentes personagens.

A sensibilidade de Flaubert chega a cair no sentimentalismo e, nesses momentos, entrega-se ao deísmo e a vagos sentimentos rousseaunianos envoltos em oratória; mas quando se recupera destes desvios a obra de Flaubert, trabalhada com uma ânsia de perfeição e um esforço quase dolorosos, é uma maravilha de harmonia e de realidade.

Os romances e contos de Flaubert oferecem um panorama do realismo em diversos campos. Madame Bovary e Bouvard et Pécuchet movem-se no campo do realismo burguês. Salammbô no do realismo histórico. Os Três Contos caracterizam-se pelo seu realismo imaginativo e romântico e A Educação Sentimental mostra um amplo realismo vital.

Retirado de um e-mail enviado por Amélia Pais

Comments:
Que vergonha!! Acho que nunca li nada deste Senhor, incluindo nenhum dos contos que aqui refere. E a decidir-me a lê-los só o farei em 2008 porque tenho já uma lista infindável de outros que gostaria de ler, nomeadamente um que tem como título: "Sobre a caça e os touros".:-) :-)
ln
 
Pensando melhor, "A educação sentimental" parece-me suficientemente tentador!!
ln
 
Olhe gostava de lhe enviar um livro que fiz sobre Locke. Era uma prendinha de homenagem à sua simpatia. Mande-me a sua direcção por e-mail. Ou, então, diga-me, aonde o deixo para si.
 
E eu aceitarei o livro com todo o gosto, aliás, com gosto acrescido por ser da sua autoria. E, desde já, deico o meu muito obrigada. Depois enviar-lhe-ei e-mail, mas posso tb adiantar-lhe já que irei ao Porto na próxima semana, para uma reunião. Só ainda não está definido o dia.
ln
 
Mas preferia enviar-lho pelo correio.
 
Ora, muito bem.
Já seguiu morada por e-mail.
ln
 
Bom dia!
Se interessar...
« A madame bovary », de Gustave Flaubert, pode ler-se, na íntegra, no seguinte site brasileiro: www.privi.com.br/biblioteca,
Cumprimentos
 
Ferreira,
Obrigada pelo endereço que deixou, mas tenho de dizer-lhe que não consegui encontrar o sitio.
Tem a certeza que está correcto?
ln
 
Cara In, penso que escrevi correctamente o endereço, para além deste livro, cuja tradução é portuguesa, das edições europa/ américa, há mais, muito mais..http://www.pribi.com.br/biblioteca.,talvez faltasse o ponto no fim, um verdadeiro achado...
Cumprimentos,
 
Ou então, se não conseguir, este outro
http://www.pribi.com.br, depois abre a biblioteca virtual,escolher o livro que quer ler, guardar...
 
Caro(a) Ferreira, consegui chegar lá. Muitíssimo obrigada.
Tem razão. Um verdadeiro achado, com imensa utilidade, embora nada seja comparável ao livro em papel.
Além do gostinho de folhear, dobrar página, marcar, etc, tenho um péssimo defeito que é, simultaneamente, um deleite pessoal: são incapaz de os ler sem os sublinhar, rabiscar, tomar notas... E ainda não consigo essa proeza nos virtuais!!! :-)

Amigo Primo, espero que releve esta usurpação do seu espaço para fins nada relacionados com o texto.
ln
 
Desculpo-me , em primeiro lugar, igualmente, ao Primo de Amarante, mas o motivo foi a partilha, o que é sempre gratificante.
Cara In, já agora, também prefiro o papel ( as arvores que nos desculpem ). A talho de foice este também é bom http://www.dominiopublico.gov.br
Cumprimentos do Ferreira
 
Grande ferreira! Seja bem vindo. O melhor do blog é a partilha de ideias. Espero que vá aparecendo e comente ou diga o que lhe der na real gana.

Vou ver o e-mail da minha amiga in.
 
Obrigada caro Ferreira, pelo novo endereço. Embora o não tenha explorado com tempo, considero este segundo menos funcional.
ln
 
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