sábado, novembro 18, 2006

 

O Dia dos Bons Amigos.

Como combinado, ontem foi dia de voltar a Amarante para visitar a exposição “De Rodin a kandinsky, a Miró…”, no Museu Municipal de Amadeo de Sousa-Cardoso.

Não sabemos se o pintor, tão maltratado pela cultura dominante do seu tempo, teria, alguma vez, procurado refugio, com Eduardo Viana, Almada Negreiros e outros, na Adega da Rita, em Àgua-Nova, muito pertinho da sua casa de Manhufe, para, com um almoço de um frango de cabidela, aliviar a incompreensão a que era votado. Mas, se não o fez, a conselho do Presidente da Câmara de Amarante, o grupo a que pertenço (há já muitos anos, desde o tempo em que, alguns de nós, vivíamos no ex-lar da JUC, no Porto) e que costuma reunir-se, em cerimónia pantagruélica, praticamente todos os quinze dias, fez por ele o alivio das incompreensões do dia a dia. E fê-lo de uma forma exaltante, já que o frango de cabidela estava divinal, bem como um vinho verde tinto da colheita deste ano.

Um almoço daqueles, lautamente servido, proporciona muita discussão e há sempre mais uma ideia a acrescentar, o que torna sempre difícil encerrar os trabalhos. E mesmo nestes finalmentes, a gente despede-se uma vez, depois outra e descobre sempre que havia mais uma questão a salientar antes da partida final.

Amarante preencheu, por isso, esta sexta feira. E mereceu a pena! Para além de refrescarmos a sensibilidade estética com Kandinsky, Picasso, Rodin e outros, o dia foi para nós mais “O Dia dos Bons Amigos”. Até o refractário Hugo apareceu!

E não há nada como conviver com os amigos de velhos tempos!

Comments:
Alguém escreveu que «A amizade não se procura, não se imagina, não se deseja; exercita-se (é uma virtude).» e eu concordo.
Parece-me que foi isso, a par do trabalho, que o primo fez na sexta-feira. E a olhar pelo que descreve no texto, tratou-se dum notável exercício, quer em termos gustativos como de boa camaradagem.
ln
 
Não tanha dúvidas. Já reparou no meu ar sorridente entre um ftógrafo de ocasião e um meu antigo professor.

Um abraço
 
Não, não reparei porque não faço a mais pequena ideia de quem seja.
ln
 
O primo referia-se à primeira foto?
ln
 
Evidentemante! A curiosidade foi sempre o principio do conhecimeno científico.
 
E olhe que eu sou curiosa q.b. :-)
Mas, optei por não perguntar nada. O primo quis dizer-me e fez muito bem. Desse modo, tenho agora não só as suas palavras como um rosto sorridente para associar aquelas.
E que bem disposto que estava, sim Senhor.
Também eu faço parte dum grupo que tem por hábito reunir-se, à volta duma mesa num qualquer restaurante, uma vez por mês. Com a particularidade de sermos todas mulheres. Como deve imaginar, são jantares muito bem dispostos e de verdadeira confraternização, porque a vida tb tem (ou deve ter) uma parte lúdica.
Um abraço e um bom dia para si.
ln
 
Penso que estes encontros com amigos são uma resposta para o individualismo deste mundo da vida. Somos, como dira Sarte, ser-com-os-outros e não podemos fazer de conta que não somos "isso".
 
Eu só tenho causas republicanas!
 
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