sábado, novembro 11, 2006
Mais um acto “litúrgico” na vida do PS
O PS está em congresso. Tudo leva a crer que depois de se cumprir a “liturgia” própria desse acto, ninguém mais se lembre do que por lá se passou. E muito menos, do obscuro conceito, descoberto por Sócrates e por Jaime Gama, de uma “esquerda moderna”.
Quando se utiliza o moderno para caracterizar a esquerda alguma coisa se pretende encobrir. A esquerda só o é, se for do lado do coração que sente como seu o problema do homem concreto, deste ou de outro tempo, a quem falta habitação, saúde, trabalho e pão. Não há outra esquerda. Colocar o moderno antes do conceito esquerda só serve para esconder a falta de sensibilidade ao sofrimento dos que mais sofrem, não saber ouvir os sindicatos, a voz dos homens e mulheres que se manifestam nas ruas, não se importar com o escândalo das desigualdades, deixando que Portugal continue como o País onde o fosso entre ricos e pobres é o maior da Europa.
Quando se utiliza o moderno para caracterizar a esquerda só serve para passar á frente da necessidade de promover um profundo debate que levasse a uma profunda reforma do funcionamento e organização do partido. Naturalmente, a reforma dos partidos não é um problema só do PS, mas este partido poderia dar sinais de que não há democracia sem a credibilização dos partidos. A prática política no interior dos partidos está a aproximar-se da que é utilizada pelas mafias. Os “códigos de honra” substituem a transparência, o carreirismo a competência, o negócio de lugares o debate ideológico, a subserviência aos “chefes” a lealdade aos princípios, a política espectáculo substitui a política de causas e o arranjismo aparelhístico as lideranças de mérito.
Este Congresso passará ao lado de todas estas questões e, por isso, não passará de mais um acto “litúrgico” na vida do PS.
Quando se utiliza o moderno para caracterizar a esquerda alguma coisa se pretende encobrir. A esquerda só o é, se for do lado do coração que sente como seu o problema do homem concreto, deste ou de outro tempo, a quem falta habitação, saúde, trabalho e pão. Não há outra esquerda. Colocar o moderno antes do conceito esquerda só serve para esconder a falta de sensibilidade ao sofrimento dos que mais sofrem, não saber ouvir os sindicatos, a voz dos homens e mulheres que se manifestam nas ruas, não se importar com o escândalo das desigualdades, deixando que Portugal continue como o País onde o fosso entre ricos e pobres é o maior da Europa.
Quando se utiliza o moderno para caracterizar a esquerda só serve para passar á frente da necessidade de promover um profundo debate que levasse a uma profunda reforma do funcionamento e organização do partido. Naturalmente, a reforma dos partidos não é um problema só do PS, mas este partido poderia dar sinais de que não há democracia sem a credibilização dos partidos. A prática política no interior dos partidos está a aproximar-se da que é utilizada pelas mafias. Os “códigos de honra” substituem a transparência, o carreirismo a competência, o negócio de lugares o debate ideológico, a subserviência aos “chefes” a lealdade aos princípios, a política espectáculo substitui a política de causas e o arranjismo aparelhístico as lideranças de mérito.
Este Congresso passará ao lado de todas estas questões e, por isso, não passará de mais um acto “litúrgico” na vida do PS.