terça-feira, novembro 07, 2006

 

Hoje faria anos Alberto Camus

Albert Camus (Mondovi, 7 de Novembro/ 1913; Villeblevin, 4 de Janeiro/ 1960).

Na sua terra natal (Argélia) viveu sob o signo da guerra, da fome, da miséria e do sol. E isso tornou-o, com Sartre, no filósofo da existência, reflectindo sobre o mundo da vida: o absurdo e o suicídio, a solidão e a morte, a esperança e a solidariedade. Foi prémio Nobel da Literatura.

Influenciou, demais, a minha geração.

Alguns excertos que me foram enviados por Amélia Pais:

"A revolta nasce do espectáculo da desrazão diante de uma condição injusta e incompreensível".

"Mas só há um mundo. A felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São inseparáveis. O erro seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da descoberta absurda. Acontece também que o sentimento do absurdo nasça da felicidade.

“Penso agora em flores, sorrisos, desejo de mulher, e compreendo que todo o meu horror de morrer está contido em meu ciúme de vida. Sinto ciúme daqueles que virão e para os quais as flores e o desejo de mulher terão todo o seu sentido de carne e de sangue. Sou invejoso porque amo demais a vida para não ser egoísta... Quero suportar minha lucidez até o fim e contemplar minha morte com toda a exuberância de meu ciúme e de meu horror”.

“Você sabe o que é o encanto?
- é ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.”.

Comments:
Linda passagem. Obrigado, caro amigo Hospede.
 
Os escritores franceses são uma paixão adormecida..mas causam-me mal por vezes...este Camus, por exemplo: a sua obra reflecte a sua visão do Homem carente de Deus, do Deus que voluntariamente rejeita, “refugiado” que está no seu absurdo existencialismo.

Prefiro a minha máxima: Sartre escolheu o absurdo, o nada e eu escolhi o Mistério - Jean Guitton
 
Sim, mas caro amigo, o mistério é o absurdo que nos revela esperança. Nao sei, se a questão pode ser colocada na escolha. Talvez não escolhamos!!! Se deus se escolhesse, será que seria DEUS!?...Ao escolhê-lo configuro-o à minha escolha e deixa de seu um deus, para ser uma criação minha.
 
Leio e parto sem comentar. As opiniões por aqui estão muito profundas, com uma dimensão de pensamento pessoal não acessivel a qualquer um.
Parto, no entanto, a reflectir sobre o sentido destas palavras: "Se deus se escolhesse, será que seria DEUS!?...Ao escolhê-lo configuro-o à minha escolha e deixa de seu um deus, para ser uma criação minha."
ln
 
Minha amiga: isso é o sentido da "Graça", um dom ou dádiva divina de O conhecer. Não é isso que diz a Biblia?!...

O texto do amigo Hospede será do "Estrangeiro"?

Procurei-o e não o encontrei.
 
Muito Obrigado. Eu li, mas não me recordava aonde o tinha lido. E pensei que não era no "O Mito de Sisifo"
 
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