domingo, outubro 15, 2006
Poema da Amiga

Amiga, se eu pudesse ser livre
e não ter nada,
Nem mesmo o desejo de
não ter nada.
Nem mesmo a consciência
de ti, nem mesmo
O humilde silêncio das coisas
que passam!
Amiga,
Esta bruma da manhã
é irredutível como o meu desejo
de expressá-la.
Toda bruma e todas as coisas
são irredutíveis
A tudo que não seja a mais
impossível pobreza.
Helio Pellegrino (1924-1998)
Enviado por Amélia pais