quinta-feira, outubro 19, 2006

 

A era dos pachecos

Pacheco Pereira ocupa, hoje, uma página do “Público” para, com o título «A “Rivolução” dos nossos dias» dizer o que era previsível que dissesse.

Ninguém esperaria que Pacheco defendesse que os “criadores” nunca tiveram com eles as maiorias; que são geralmente marginalizados pelo poder dominante que olha para eles com desconfiança e considera as suas obras ridículas ou sem interesse; que, no entanto, se deve a essas minorias novas formas de inteligibilidade que promovem o pensamento critico e fazem avançar o progresso.

Não se esperaria que Pacheco defendesse que o Rivoli foi pago com dinheiro dos contribuintes e nasceu para servir o interesse público, apoiar as artes do espectáculo que se desenvolvem nas escolas de dança, teatro, cinema e música da cidade do Porto.

Não se esperaria que Pacheco considerasse que sempre houve um divórcio entre a cultura subsidiada e o público, mas que é precisamente por causa desse divórcio que as minorias criadoras culturais devem ser apoiadas.

Não se esperaria que Pacheco defendesse o serviço público que o Rivoli deveria potencializar e muito menos que Rui Rio honrasse esses propósitos acordados na entrega à autarquia dessa sala de espectáculos.

Pacheco disse o que se esperava que dissesse, depois de ele próprio se esquecer que foi minoritário, por exemplo, nas reuniões da Faculdade de Letras (onde estão, hoje, as biomédicas) e isso não o ter impedido de usar o direito a manifestar-se.

O que, hoje, para ele conta, são os grandes auditórios, a rentabilidade mercantilista, a sua “quadratura do ciclo” paga a preço de oiro.

Os outros, tal como no filme, são “porcos, maus e sujos”.

Pacheco no seu blá…blá…diz que há uma «falência do pensamento critico», mas não aceita que a diferença que faz a crítica se construa em confronto com a prática dominante.


Pacheco usa perfume novayorquino.

Pacheco é outra loiça, tem o paradima dos pachecos dominantes!

Vivemos a era dos pachecos.

Comments:
Creio que uma das pessoas interessadas na privatização di«o Rivoli é parente próxima do JPP-Beatrz Pacheco Pereira.
 
Eu também "creio"!...Alguém que foi "subsidiodependente" (como agora se costuma dizer) do PS. Mas há gente (nos blogs)que reescreve sempre a história ao jeito que mais convém ao seu partido (só eles, no sofá, têm a linha justa das intervenções cívicas) e eu já não tenho paciência para os aturar.

O debate sobre o Rivoli é significativo da ideia de interesse público que certa gente tem.
 
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