quarta-feira, setembro 20, 2006

 

Expectativas elevadas

As expectativas são muito elevadas em relação ao novo Procurador-geral da República, juiz conselheiro Fernando Pinto Monteiro.

Juízes, advogados, políticos e “fazedores de opinião” traçam-lhe os maiores encómios Salientam-se aspectos da sua postura que cai bem em todos os que pretendem uma Justiça como serviço público. Citam-se frases suas, como “só deve ser juiz quem deve e não quem quer", o Conselho Superior da Magistratura tem “falta de humildade”, os magistrados não podem pensar que desempenham uma função "sobre-humana", a escolha para o Supremo Tribunal de Justiça “está viciada”, “o que mais me preocupa é o facto de, neste momento, este Governo, ou qualquer outro, se fizesse um referendo, teria 80 a 90 por cento do povo português contra os juízes, que são a face aparente da justiça", “se houvesse um tribunal para julgar o mau estado da Justiça, deviam-se levantar os ministros da Justiça, pelo menos os últimos seis ou sete com quem lidei, e dizer «nós temos culpa». A seguir levantavam-se os juízes, os magistrados do Ministério Público, os advogados, os funcionários judiciais e o cidadão. Todos temos culpa”, etc..

Mesmo um agnóstico como eu, não deixará de dizer Deus queira que as expectativas se cumpram. Queremos e o País precisa de uma Justiça célere, competente, isenta, com sabedoria e ao serviço dos cidadãos.

Mas ninguém poderá espantar-se, se, perante tantos elogios, nos vier à memória aquele ditado popular “quando a oferta é grande o pobre desconfia”.

É que a dúvida (metódica, apenas) surge, quando parece colocar-se no Procurador-geral da República a esperança de resolução de problemas que o ultrapassam.Já chegava tornar mais eficaz e mais eficiente o exercício de investigação e acção penal que tutela

Comments:
ONDE ESTEVE ESTE SR DR ENTRE 1995/1997 .A MULHER DE CESAR....
 
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