domingo, junho 04, 2006

 

Amarante está em FESTA. Viva o S. GONÇALO!

São Gonçalo de Amarante é o santo português que, no Norte de Portugal, goza da maior devoção, logo depois de Santo António de Lisboa.

Segundo a lenda popular, S. Gonçalo é casamenteiro e é, por isso, que durante as festas são vendidos e apreciados "os doces fálicos" de S. Gonçalo, de todos os tamanhos e feitios.Estes doces vendiam-se clandestinamente durante o fascismo. Mas também há as rosquilhas e as cavacas.

O Convento de S.Gonçalo parece estar associado a uma doação testamentária de Maria Johannis, em 18 de Maio de 1279. Mas só no século XVII, o Monumento ganha imponência e fama. A demonstrá-lo estão as pinturas sobre tela deste século, alusivas à vida de S.Gonçalo. O fumo das velas que encobriu estas pinturas até aos nossos dias, acabou também por as proteger.

Covém recordar que a emigração de amarantinos para o Brasil e a aculturação da devoção erotizada a S.Gonçalo promoveu os topónimos, coincidentes com Amarante e S.Gonçalo, que aparecem dispersos pelo nordeste do Brasil. Mas não só: quem sabe se a poesia sedutora que nos chega do Brasil da nossa amiga Silvia (http://eugeniainthemeadow.blogspot.com/) também tem em S.Gonçalo a protecção inspiradora!...

As festas em honra do Santo casamenteiro começaram, hoje, com um despique de bombos, protagonizado por Zés Pereiras e prolongam-se até amanhã, altura em que se realizará a imponente procissão de S.Gonçalo.


Quadras em honra de S. Gonçalo.

S. Gonçalo de Amarante
Brincalhão e galhofeiro,
Vós sempre fostes das velhas
Devoto casamenteiro.


Faz nosso casamento,
Rico Santo tão formoso;
Seja festa de espavento
E um presente primoroso.

S. Gonçalo de Amarante,
Casamenteiro das velhas,
Porque não casais as novas?
Que mal vos fizeram elas?

S. Gonçalo foi ao forno,
Todo o cabelo queimou;
A culpa não foi do Santo,
Foi de quem o lá mandou.

Se fores ao S. Gonçalo,
Leva-lhe um cestinho de ovos;
Se ele disser que são poucos,
Diz-lhe que não são chocos!

S. Gonçalo lá de cima

É das velhas curraleiras;
S. Gonçalo cá de baixo
É das novas, pescadeiras.

Neste dia de festança,
P’ra ti vai nosso carinho;
Hás-de ir connosco na dança,
Ó rico S. Gonçalinho.

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