terça-feira, junho 13, 2006

 

13 de Junho 1888- Nasce Fernando Pessoa

Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Niguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto. Sê teu filho
Fernando António Nogueira de Seabra Pessoa nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1888, dia de Santo António (e, por isso, Pessoa é também António).

É considerado uma das figuras mais singulares e complexas da literatura portuguesa. Foi o principal escritor do Modernismo português e um dos maiores poetas portugueses de todos os tempos.

Aos cinco anos, ficou órfão de pai, sua mãe casou-se, dois anos depois, com um militar que, nomeado cônsul na África do Sul, levou para lá a família. Pessoa permaneceu dez anos em contacto íntimo com a cultura inglesa, dominando a língua inglesa tanto quanto a materna. Lá, cursou o primário e o secundário. De volta a Lisboa, matriculou-se no curso de Letras, mas não o concluiu. Vivendo com a avó paterna e as tias, e na década de 10, participou de algumas revistas, como A Águia, e entrou em contacto com a vanguarda europeia. Em 1914, publicou poemas na revista A Renascença.
Sua versatilidade levou-o à criação dos heterónimos de Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, dos quais inventou biografias distintas e cujas poesias são, na forma e no conteúdo, outras vozes de que se valeu para transmitir a heterogeneidade de sua riqueza interior.
Fernando Pessoa "ele mesmo" é lírico, melancólico, angustiado e transcendente; Alberto Caeiro é rude, simples, humilde; Ricardo Reis é clássico, conciso, abstracto; Álvaro Campos é sensacionalista, entusiástico e exalta a modernidade.
Obras completas, publicadas em 8 volumes: I. Poesias de Fernando Pessoa (1942); II. Poesias de Álvaro de Campos (1944); III. Poemas de Alberto Caeiro (1946); IV. Odes de Ricardo Reis (1946) (v. MENSAGEM, 3.a edição, 1945); VI. Poemas dramáticos (1952); VII e VIII. Poesias inéditas (1955-1956).
Em inglês: 35 Sonnets e Epithalamium (ambos de 1913), Antinous (1918) e English poems (1921).

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?