«Ser judeu é lembrar – reclamar o nosso direito à memória bem como o dever de a manter viva.Através do passado recente encontro-me com as minhas origens distantes, retornando a Moisés e Abraão. É também em seu nome que eu comunico a minha busca. Quando um judeu reza, as suas orações enlaçam-se às de David e do Besht. Quando um judeu desespera, é a tristeza de Jeremias que o faz chorar. A memória dos judeus ganha força na memória do seu povo e, para além dela, da humanidade.Porque a memória é um bem: cria laços em vez de os destruir. Laços entre o presente e o passado, entre indivíduos e grupos. É por me lembrar do nosso princípio comum que me aproximo dos meus semelhantes, de todos os seres humanos. É por me recusar esquecer que o seu futuro é tão importante quanto o meu. Que seria o futuro da humanidade se fosse desprovido de memória?»
Elie Wiesel, prémio Nobel da Paz, retirado do prefácio do livro “From the Kingdom of
Memory”, Summit Books, New York, 1990.
Vamos todos acender uma vela para lembrar simbolicamente as quatro mil vítimas do massacre de 19, 20 e 21 de Abril de 1506, nos dias em que passam 500 anos sobre o acontecimento.
In:
http://ruadajudiaria.com/
# posted by Primo de Amarante @ 10:28 da tarde
