terça-feira, maio 01, 2007

 

A boa e a má moeda no ensino.

O Procurador-geral da República ordenou uma investigação à licenciatura de José Sócrates em engenharia Civil na Universidade Independente.

Três questões se colocam com a investigação da PGR.

A primeira leva-nos a pensar o seguinte: um primeiro-ministro suspeito de possuir um diploma obtido pela contrafacção (a ser confirmada a suspeita) não é um governante, mas um mixordeiro.


A segunda é a de saber o que fazem as inspecções do ensino. A necessidade de uma investigação da PGR torna evidente que as inspecções não funcionam ou funcionam sem consequências. Por aquilo que delas conheço, não fazem o essencial e as suas competências não ultrapassam muito a possibilidade de sugerir a correcção de meras formalidades.

A terceira questão é mais importante. A irresponsabilidade chocante (de que muitos políticos beneficiam) de não obrigar o ensino superior privado a funcionar com as mesmas exigências e regras do ensino público tem a seguinte consequência: os licenciados por alguns estabelecimentos de ensino superior privado vão concorrer documentalmente para lugares da administração pública, em igualdade de circunstâncias com os que são formados no ensino público. No entanto, os alunos desses estabelecimentos privados acabam os seus cursos com notas muito superiores aos do ensino público, mas sem os conhecimentos, saberes e competências dos que se diplomaram pelas universidades públicas (e privadas que funcionem bem, como é o caso da U.C.).

Não vejo outra forma de corrigir esta situação que degrada a imagem da Função Pública, a não ser substituir os concursos documentais por exames de acesso?!...

É que também nesta questão se aplica aquele princípio da má moeda prejudicar a boa!!!

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